Aqui, no sitio onde me encontro, no silêncio que construi, para mais perto chegar a TI, sinto que nada é bastante. Creio estar a ser testado nesta minha entrega…onde nada tenho e onde aprendo que a necessidade não existe por si…mas por cada um de nós. Por mais que me esforce, sinto sempre não ser o bastante.
Quero não por necessidade mas por vontade, viver-TE no mundo, onde não tens morada mas fazes morada. Mas não chega nunca chega. Sinto-me egoísta. Mas ainda que quisesse dizer muitas coisas ao mundo…Tu “cortaste-me” a ligação…e assim estou rodeado de irmãos e irmãs mas a sós Contigo. E não chega…porque este amor exige sempre mais. Como é possível nós que temos entendimento acerca destas coisas Tuas, não as queremos ver como efectivamente são…os tempos modernos deram-lhe formas diferentes…mas os tempos modernos serão passado noutro qualquer futuro tempo moderno.
Tu disseste, que tudo passaria mas a Tua palavra é eterna.
Que eras a Ultima Revelação e que em ti se encontraria a verdade. Que és a Verdade…
…depois muitos de nós começamos falar de Ti e dessa Verdade…e acrescentamos um pouco da nossa…e com o tempo, o tal tempo moderno, a Tua perdeu-se…e ficou a nossa…
A de muitos. Muitas verdades.
Quando chegaste a casa do Pai e lhe contaste estas coisas…ambos sorriram com alegria.
Pois todas essas verdades continham em fragmentos A Única e Imutável do Pai de toda a Criação. E Tu conhecias a obra da Tua criação, fundada no Amor Dum PAI/MÂE Todo-poderoso e Transcendente a tudo o que existe.
Porque a obra da Tua criação é perfeita à Tua imagem e semelhança…espiritual…
E com a vinda do Espírito que o Mestre prometeu…a imagem de Deus á NOSSA imagem e semelhança, começou a ganhar contornos espirituais…e começamos a compreender que o 1º passo era largar essa visão humana de Deus, para entende-lo como espírito, logo também nós…à SUA imagem e semelhança somos criados em espírito, então somos um espírito que tem um corpo, num mistério que cabe a cada um desvendar, e não um corpo que detém um espírito. Esta verdade que nos disseste tantas e tanta vezes…o meu reino não é deste mundo…e que tantos de nós cremos, porque então estabelecemos aqui morada permanente?
Porque não fazemos o que o interior nos diz á tanto tempo e que o conforto da nossa vida, as responsabilidades, que se tornam a necessidade que suporta essas mesmas vidas, nos criam tantos obstáculos a sermos um pouco melhor connosco assumindo que viver Cristo, ou Buda, ou Adonai, etc, é primeiro seguir-me a mim que sou divino na essência que permanecerá?
Não posso rejeitar aquele que sou e que tanto trabalho me dá no meu dia a dia a “contê-lo” mas se assim não fora eu não seria completo…como nasci e cresci e vivi trouxe-me pesos que são sinónimos de “humanidade”…eu não posso rejeitar parte de mim mas sim compreende-lo nesta dualidade que me fará único. Sabendo caminhar com os pesos eles próprios se soltarão libertando-me mas não aniquilando esses retalhos que me constroem como aquele que sou.
Absorvo-me a mim mesmo em mim, e assim permaneço em Ti, onde o jugo é suave e a carga leve.
p.s. a ti que entendes todos estes ajuntamentos de palavras como inúteis nos dias de hoje, porque tens a visão (ainda redutora) da religião através dos olhos do mundo… quero dizer-te que te incluo sempre no meu pensamento, e sei que um dia num momento, vais ser tocado, por algo que mudará a tua vida para sempre…acontece a todos. Mais cedo ou mais tarde. Esta deveria ser a tua primeira questão…como quero ser tocado? Na ignorância… do que se passa…
Ou na Verdade que permanece?
César irmão,
ResponderEliminarQue Linda e Emocionante mensagem!!!!
Estamos nesta existência com um único e importante propósito....nossa EVOLUÇÃO....
Muita Luz e Paz em seu coração!!!
Lú