Jesus contactou muitos dos seus irmãos na carne enquanto das suas viagens e deslocações. Talvez o mais notável de todos esses contactos tenha sido aquele com um jovem helenista chamado Estêvão. Esse jovem visitava Jerusalém pela primeira vez e encontrou Jesus, por acaso, à tarde na quinta-feira da semana da Páscoa. Enquanto passeavam vendo o palácio de Asmônea, Jesus iniciou a conversa casual que resultou em um interesse mútuo e levou a uma discussão de quatro horas sobre o modo de vida e sobre o verdadeiro Deus e a sua adoração. Estêvão ficou tremendamente impressionado com o que Jesus dissera; e nunca se esqueceu daquelas palavras dele. E esse foi o mesmo Estêvão que depois se tornou um crente dos ensinamentos de Jesus, e cuja audácia ao pregar esse evangelho dos tempos iniciais resultou em ter sido apedrejado até a morte por judeus irados. Uma parte da audácia extraordinária que Estêvão tinha em proclamar a sua visão do novo evangelho era uma consequência directa da sua conversa anterior com Jesus. Mas Estêvão nunca, nem de leve, supôs que o galileu com quem ele tinha conversado havia uns quinze anos era a mesma pessoa a quem mais tarde ele proclamaria como o Salvador do mundo, e por quem ele iria morrer em breve, tornando-se assim o primeiro mártir da nova fé Cristã que evoluía. Quando Estêvão entregou a sua vida como preço pela sua investida contra o templo judeu e as suas práticas tradicionais, um cidadão chamado Saulo, cidadão de Tarso, estava lá. E quando Saulo viu como o grego podia morrer pela sua fé, surgiram no seu coração aquelas emoções que finalmente levaram-no a esposar a causa pela qual Estevão morrera; mais tarde ele tornou-se ninguém mais do que Paulo, o dinâmico e indómito, o filósofo e talvez o único fundador da religião Cristã.
Durante esse ano (27 anos) Jesus construiu barcos e continuou a observar como os homens viviam na Terra. Frequentemente ia até a estação da caravana, pois Cafarnaum ficava na rota directa de Damasco para o sul. Cafarnaum era um forte posto militar romano, e o oficial comandante da guarnição era um crente gentil de Yavé, “um homem devoto”, como os judeus tinham o hábito de designar tais
prosélitos. Esse oficial pertencia a uma rica família romana, e tomou para si a tarefa de construir uma bela sinagoga em Cafarnaum, a qual fora presenteada aos judeus um pouco antes de Jesus ter vindo viver com Zebedeu. Durante esse período, Jesus conduziu os serviços nessa nova sinagoga por mais de meio ano, e algumas das pessoas das caravanas, que tiveram a oportunidade de vê-lo, lembravam-se dele como o carpinteiro de Nazaré.
Quando veio o pagamento de impostos, Jesus registou-se como um “artesão habilitado de Cafarnaum”. Desse dia em diante até o fim da sua vida terrena ele ficou conhecido como residente em Cafarnaum. E nunca alegou nenhuma outra residência legal, embora por várias razões, ele tenha permitido a outros designar a sua residência como sendo Damasco, Betânia, Nazaré e mesmo Alexandria.
Na sinagoga de Cafarnaum ele encontrou muitos novos livros nas estantes da biblioteca, e passava pelo menos cinco tardes por semana em estudos intensos. Uma noite ele devotava à vida social com os mais velhos, e uma noite ele passava com a gente jovem. Havia alguma coisa de muito graciosa e inspiradora na personalidade de Jesus, que invariavelmente atraía a gente jovem.
Pois sempre os fez sentirem-se à vontade na sua presença. Talvez o seu grande segredo em dar-se bem com eles consistisse nos dois factos seguintes: que estivesse sempre interessado no que faziam, e que raramente lhes oferecia conselho, a menos que o pedissem.
A família de Zebedeu adorava quase a Jesus, e nunca deixou de estar presente às conversas, com perguntas e respostas, que ele conduzia todas as noites após o jantar, antes de ir até a sinagoga para estudar. Os vizinhos mais jovens também vinham frequentemente para essas reuniões depois do jantar. Nessas pequenas reuniões Jesus dava instruções variadas e avançadas, tão avançadas quanto pudessem compreender. Falava bastante livremente com eles, expressando as suas ideias e ideais sobre política, sociologia, ciência e filosofia, mas nunca pretendia falar com autoridade final, excepto se se tratasse de religião – a relação do homem com Deus.
Uma vez por semana Jesus fazia uma reunião com todo o pessoal da casa, da loja e dos canteiros de trabalho, pois Zebedeu tinha muitos empregados. E entre esses trabalhadores é que Jesus, pela primeira vez, foi chamado “Mestre”.
Este foi o último ano estável da sua vida. Nunca mais Jesus passou um ano inteiro em um mesmo lugar ou em um mesmo empreendimento. Os dias das suas peregrinações terrenas estavam aproximando-se rapidamente. Os períodos de actividade intensa não estavam muito longe no futuro, mas, entre a sua vida simples mas intensamente activa do passado e o seu ministério público ainda mais extenuante, restavam agora uns poucos anos de longas viagens e de actividades pessoais altamente diversificadas. O seu aprendizado, como um homem do reino, tinha de ser completado antes que ele pudesse entrar na sua carreira de ensinamentos e de pregação como o Deus-homem perfeito das suas fases divinas e pós-humanas, na sua auto-outorga na Terra.
פֵהֵל PeHeLa guardião da religião, moral, e teologia Divina te Saúdo na Paz e na Luz Daquele que tudo realiza e te digo... A Paz do Eterno vos envolva
(como pedido assim é feito)
Bem hajam na luz e com a Luz
P.S. todos os post's que têm por titulo "Conversas Contigo" ou "Conversas no Silêncio" são por mim formatados e inseridos. Esta é a parte que me cabe em reconhecimento de Autoria.
Amigo.....quetrabalho belo fazes aqui!
ResponderEliminarEstou emocionada. Amo estas narrações sobre a vida do Mestre.
Já li muitos livros religiosos, espíritas na sua maioria. Também gosto dos Evangelhos Gnósticos. Creio que é asssim: aquilo que nos toca o coração....há um motivo. É simples... embora haja muitas duvidas e inoerências. Quem decide é nossa alma. E ficamos em paz.
Gosto especialmente destas histórias, Estevão, Saulo de Tarso foram personas irradiantes. Saulo na sua rigidez e cumprimento da lei dos seus pares e a sua transformação tão apaixonante quando entendeu e sentiu as marcas do Cristo. Não fosse Paulo como nós, os gentios, saberíamos do Cristo?
AMEI este post. Amo teu Blog!
Amo a relisiosidade. Sei que muitos enxertos a igreja romana fez... E Jesus não fez igreja nehuma...ELE FOI!!! Creio outrossim que tudo que ficou tinha e têm o aval do Pai Amoroso. Dele emamam todos os ensinamentos que dão sustento às nossas almas.
Beijos no teu coração querido!