Só uma imensa vontade de partilha, para que a todos tudo chegue, me move...tudo o que seja pensado acima desta "fasquia" medida por uma fraqueza humana (EU mesmo) mas confiante na Providência Divina, são meras suposições humanas que eu declino em amor e verdade perante Aquele que "sonda os corações e conhece os pensamentos mais escondidos."


"Sobre os teu muros Jerusalém colocarei sentinelas que dia e noite anunciarão o NOME do SENHOR."


Não faz o obreiro mais do que lhe é devido.


Discípulo do Mestre Jesus Cristo

Servidor do Pai Criador em espírito e verdade

Porque assim quer o PAI que O sirvam

e Adorem

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Gnóstico



ORAÇÃO DE ACÇÃO DE GRAÇAS
(
Oração Gnóstica encontrada em Nag Hammadi
e no Papiro Mimaud - n.2391 Biblioteca Nac. de Paris
)
Damos-te as graças todos nós. A alma e o coração estão estendidos para ti, ó Nome imperturbável, honrado com a denominação de Pai; já que cada um e o Todo partilham a benevolência paterna, o afecto, o amor e quanto o ensinamento seja suave e simples, gratuitamente dando-nos o intelecto, a palavra e o conhecimento. O intelecto para que possamos entender-te, a palavra para que possamos interpretar-te e o conhecimento para que possamos conhecer-te.
Regozijamo-nos ao termos sido iluminados pelo teu conhecimento.
Regozijamo-nos, porque te mostraste a ti mesmo.
Regozijamo-nos porque, estando no corpo, divinizaste-nos com o teu conhecimento.
A acção de graças do homem que chega até ti é a única coisa que faz com que te conheçamos. Conhecemoste, ó Luz inteligível, ó vida da vida, Conhecemoste.
Ó Matriz de toda a geração, conhecemos-te, ó Matriz que concebe na natureza do Pai, conhecemos-te, ó permanência eterna do Pai que gera, deste modo rendemos adoração ao Bem.
Pedimos-te um só desejo: Queremos ser guardados no conhecimento.
Mas uma só protecção desejamos, não decair deste tipo de vida.
(Gnose é substantivo do verbo gignósko, que significa conhecer. Para os Gnósticos, Gnose é conhecimento superior, interno, espiritual, iniciático. No grego clássico e no grego popular, koiné seu significado é semelhante ao da palavra epistéme.)
Em Filosofia, epistéme significa "conhecimento científico" em oposição a "opinião" (doxa), enquanto gnôsis significa conhecimento em oposição a "ignorância", chamada de ágnoia.
Gnosticismo
Todos nós sabemos que a Verdade única e imutável só pode ser Uma...se assim não fosse ...não seria verdade...e que ela propria é constituida por fragmentos inseridos em todas as verdades que nos constituem como seres pensantes....:) Afinal porque questionamos ideias, buscasmos respostas e depois escrevemos textos...para mostrar conhecimento? E o que é o conhecimento? o conhecimento é um puzzle imenso que alguém se disponibiliza a montar...como outros fazem outras coisas. Está ai disponivel para quem se sentir tentado a montá-lo e se sinta com vontade para o fazer...o resto são conjecturas e suposições.
Todos nós em alguma altura da nossa vida temos que parar para pensar (ou não :)...somos livres) e talvez perceber em que cremos, porque temos de crer em algo...nem que seja que ...não cremos em nada.
Porque já postei vários textos sobre diversas vertentes religiosas não posso deixar de inserir este que versa sobre a vertente esotérica Cristã, e que pessoalmente me é muito agradável de partilhar.
Como neste post se fáz alusão a muitos Evangelhos pouco conhecidos trarei outros posts que abordarão esses Evangelhos.



Quem são na verdade os Gnósticos?
Os ensinamentos Gnósticos que chegaram até aos nossos dias foram descobertos durante os dois ultimos Séculos, nomeadamente com os pergaminhos do Mar Morto (Qumrân), Israel, dos Essénios, e no Egipto, a Biblioteca de pergaminhos de Nag Hammadi.
Para informações mais técnicas, poderás procurar na Internet por estes Evangelhos adicionais ou consultar o Livro "Esoterismo da Bíblia"de António de Macedo.
No sec II e II depois da morte de Cristo, o movimento religioso cristão estava em plena expansão mundial. Desde o seu berço na distante Judeia, agora era um movimento religioso em contagiante evolução, proliferando desde a Europa á Ásia. Foram nesses tempos que o imperador romano Constantino se converteu ao Cristianismo, e também se concluiu a escrita do Novo Testamento. È no fervilhar de ideias, entre as discussões teológicas e a construção da doutrina oficial da igreja crista, que neste período histórico nasce o Gnosticismo.
Nesta época, ( sec II e II d.C), os livros que agora constam do novo testamento estavam concluídos, e contudo o novo testamento enquanto cânone ainda não estava formalizado. Foi das discussões, debates e confrontos entre as varias visões do cristianismo florescente, que se acabou por definir quais os livros que acabariam por constituir aquilo que hoje conhecemos pelo Novo Testamento: o cânone passaria a incluir os 4 evangelhos, os Actos dos Apóstolos, as cartas de Paulo, e um grupo de outras epístolas (cartas), assim como o Apocalipse de João. Dezenas e dezenas de evangelhos existiam , tais como: o evangelho de Tome, o envagelho de Judas, e ate mesmo o evangelho de Maria. Cada um desses evangelhos, agora considerados apócrifos, ( porque não foram incluídos na doutrina oficial da igreja Cristã, expressa no Novo Testamento), expressava visões substancialmente diferentes de Jesus, e ate mesmo de Deus.
Foi em todo este ambiente de disputas teológicas, que nasceu o movimento gnóstico e o gnosticismo. O gnosticismo é por muitos considerado a vertente mística do cristianismo, assim como a cabala é a vertente mística do judaísmo. No entanto, há quem afirme que mais que uma vertente mística, o gnosticismo constitui uma verdadeira ramificação da doutrina cristã.
O que é na verdade o gnosticismo?
No seio de toda a disputa e discussão teológica que sucedeu nos primeiros 4 séculos do cristianismo, destacaram-se 3 grupos de cristãos primitivos distintos.
Haviam um primeiro grupo constituído essencialmente por Judeus. Para esse grupo de Judeus convertidos ao cristianismo, o Deus de Jesus era o Deus de Moisés e o Deus de Abraão. Por isso, Jesus era o Messias prometido por Deus ao povo judeu, e por isso os seguidores de Jesus tinham de ser judeus, convertendo-se ao Judaísmo. Este grupo de cristãos judeus professava o mais profundo monoteísmo. Assim sendo, professvam que apenas podia haver um Deus, e que Jesus não podia por isso ser uma espécie de um segundo Deus. Como tal, estes judeus cristãos afirmavam que Jesus era um homem normal, de carne e osso; que havia nascido de uma relação sexual normal entre José e Maria; que Maria não era por isso virgem.
Havia depois um segundo grupo de cristãos primitivos, que encontrou em Marçal ,(Sec II d.C), o seu mais famoso teólogo e filosofo. Para este teólogo, haviam um nítido contraste entre a Lei de Moisés, ( Antigo Testamento), e os escritos evangélicos, ( que mais tarde constituiriam o Novo Testamento). Claramente que a Lei de Moisés descrevia um Deus terrível, ciumento e vingativo, ao passo que a mensagem de Jesus retratava um Deus de amor e sabedoria.
A conclusão de Marçal é obvia: obviamente isto sucede, porque se tratam de 2 deuses diferentes; são 2 os deuses que estes 2 relatos históricos, ( antigo testamento e novo testamento), estão descrevendo.
Marçal conclui por isso que se tratam de 2 deuses diferentes: um é o Deus do antigo testamento, o Deus dos Judeus, o Deus que criou este mundo físico. Esse Deus escolheu os Judeus como seu povo, e deu-lhe uma lei dura e implacável. Por outro lado, Jesus advem de um Deus superior, um Deus maior, um Deus de luz, paz, sabedoria e amor. Jesus, segundo Marçal, tinha sido enviado por esse Deus maior para salvar os Judeus do seu Deus irado e vingativo, ao passo que para oferecer a toda a humanidade o caminho da salvação atraves desse Deus superior.
Por considerar que o Deus dos Judeus era o Deus criador do mundo material, e que Jesus era Deus do outro Deus superior que é um Deus apenas de espírito, Marçal concluiu que Jesus não poderia ser mais senão: apenas um espírito. Deus viveu, comeu, bebeu, pregou e morreu. No entanto, toda a dimensão física dessa existência foi uma mera ilusão.
Completamente descabido? Na verdade, se olharmos os textos sagrados, até nem é tão descabida a ideia defendida pelo famoso Teólogo Marçal. Em rigor,  não é difícil encontrar exemplos deste tipo de fenómeno na Bíblia, uma vez que no próprio antigo testamento, ( Livro de Tobias), é descrito como o anjo Rafael habitou neste mundo, parecendo ser um mero mortal humano e iludindo todos os que o rodeavam quanto á sua verdadeira essência.
Por ultimo, existiu entre o sec II e IV d.C., um terceiro grupo de Cristãos primitivos, chamados «gnósticos». Para os gnósticos, Jesus não era nem apenas um mero mortal, nem apenas um ser divino; para os gnósticos, Jesus foi um ser humano de carne e osso, que foi habitado por um espírito celestial.
Vamos então saber mais sobre os gnósticos e o gnosticismo:
Muitas das doutrinas gnósticas foram beber a alguns dos princípios teológicos expressos no ancestral livro de Henoc.
O II livro de Henoc foi escrito por volta do Sec II a.C. em terras de Israel. Muitos afirmam que este livro não foi colocado no Antigo Testamento, porque expressava ideias e noções contraditórias ao seu mais famoso parente literário, o Livro de Génesis.
No Livro de Henoc, fica viva a ideia que todos nos somos detentores de um enorme poder espiritual, e que podemos alterar o rumo do destino. No entanto, o Livro de génesis tende a ver o homem enquanto um ser miserável, feito do pó, caído em pecado e por isso manchado pelo mal, condenado á decadência, ao sofrimento e á mortalidade.
(Atenção que o que estamos aqui a fazer é analisar e comparar duas “obras literarias” distintas mas que detêm os mesmos protagonistas principais [porque depois cada uma destas obras tem outros protagonistas diferentes])
Ao contrário, o Livro de Henoc expressava uma visão altamente espiritual do homem, concedendo-lhe faculdade que lhe permitem ascender a esferas espirituais superiores, e mesmo á imortalidade.
Por isso mesmo, o Livro de Henoc conta entre outras, a historia do misterioso e imortal Melquisedec, o sumo sacerdote que também é referido na versão oficial do Antigo Testamento, e que neste livro é retratado como exemplo dos poderes espirituais que habitam dentro do ser humano. 
Claramente a visão do Livro de Génesis era a mais ortodoxa, e o livro de Henoc foi excluído do Antigo Testamento.
Mas ainda hoje é livro integrante da Bíblia da igreja ortodoxa copta (A Igreja Ortodoxa Copta, de acordo com a tradição, foi estabelecida pelo apóstolo no São Marcos em meados do século I (aproximadamente no ano 60). É uma Igreja não-calcedoniana, isto é, uma Igreja cristã que não está em comunhão com a Igreja Ortodoxa nem com a Igreja Católica. Origem Wikipédia)
No Livro II de Henoc, ( sec II a.C), encontramos expressa a ideia de que o processo da criação do mundo físico em que existimos, proveio de uma vontade divina que deu existência a uma grande classe de seres celestiais. Esses seres celestiais, chamam-se Aeons, sendo que esses seres celestiais são emanações do Eterno, ou se quiséssemos, do Criador. Ao todo, o conjunto de Aeons constituem a Pleroma, ou a plenitude divina. Afirmam os gnósticos, que se lermos os evangelhos, encontraremos:
1-Jesus afirmou que o corpo é apenas um receptáculo para o espírito
2-No momento da morte, Jesus grita: «Pai, porque me abandonaste?»; uma declaração que claramente faz entender que o Jesus humano estava falecendo e o ser celestial que nele habitava abandonou aquele corpo, ascendendo ás realidades superiores
3-Jesus, por via de uma metáfora e quando falando do Templo de Jerusalém, acabou declarando que Ele mesmo era um templo no qual habitava o espírito do filho de Deus.
Por esse motivo também, dizem os gnósticos que depois da ressurreição, ( tal como descrito nos evangelhos), Jesus teve de regressar e explicar as escrituras aos seus discípulos, ou seja: Jesus regressou para trazer este conhecimento espiritual secreto aos seus seguidores, ate mesmo porque os ditos não tinham percebido claramente a sua mensagem ao longo da sua pregação.
Para o gnosticismo, fica assim demonstrado que a sabedoria espiritual e celeste, é a via da evolução espiritual e da salvação, porquanto foi essa a chave que Jesus, depois da morte, entregou aos seguidores que entendeu serem merecedores. 
Oração Gnóstica para os enfermos
"Tu, Logos Solar, emanação ígnea, Cristo em substância e Consciência, vida potente pela qual tudo avança, vem até mim, e penetra-me, ilumina-me, banha-me, transpassa-me,e desperta em meu Ser todas essas substâncias que tanto são parte de ti quanto de mim mesmo.


Força universal e cósmica, energia misteriosa, eu te conjuro, vem a mim, remedia a minha aflição, cura-me de todo mal e afasta este sofrimento para que eu tenha Harmonia, Paz e Saúde.


Peço, por teu Sagrado Nome, que os Mistérios me ensinaram, para que faças vibrar comigo todos os mistérios deste plano e de planos superiores, e que essas forças reunidas consigam o milagre da minha cura.


Que assim seja."
Esoterismo da Bíblia - António de Macedo
Wikipédia


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...perdoa a estrutura.
É fraca. Fortalece-a com a tua partilha.
Estás em casa. Senta-te. Demora-te. Fica para sempre. Só te peço que enquanto aqui estás...penses em ti.
Porque enquanto pensamos em nós pensamos em algo mais elevado do que somente estar.
...por isso quero que estejas e sejas tu própria/o.