Só uma imensa vontade de partilha, para que a todos tudo chegue, me move...tudo o que seja pensado acima desta "fasquia" medida por uma fraqueza humana (EU mesmo) mas confiante na Providência Divina, são meras suposições humanas que eu declino em amor e verdade perante Aquele que "sonda os corações e conhece os pensamentos mais escondidos."


"Sobre os teu muros Jerusalém colocarei sentinelas que dia e noite anunciarão o NOME do SENHOR."


Não faz o obreiro mais do que lhe é devido.


Discípulo do Mestre Jesus Cristo

Servidor do Pai Criador em espírito e verdade

Porque assim quer o PAI que O sirvam

e Adorem

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Caminho do Meio - Caminho Final (Completo)


Embora este caminho não seja exclusivo da "doutrina" Budista, é a forma mais fácil de entender o caminho do meio porque muito bem apreendido pela “sabedoria” budista
Sendo várias vezes referido, pelas várias vertentes esotéricas, e aplicado por todas elas é sem duvida conhecido pelo “caminho Final” ...porque é um caminho que se procura sem nos apercebermos que o fazemos e que se dá a conhecer por si mesmo...
Caminho do Meio (Madhyama Pratipad, em sânscrito) é uma tradicional expressão budista que procura, de um modo sucinto, apontar o rumo àqueles que se propõem a dar seus primeiros passos em direção à sabedoria ou, pelo menos, ao alívio de seus conflitos. 
É uma das imagens que brotam espontaneamente na alma sempre que ela é atormentada pelo Conflito dos Opostos, vale dizer, conflito de desejos ou necessidades que aparecem como absolutamente excludentes. É uma metáfora, uma das imagens recorrentes em todas as épocas e culturas sob as mais diversas formas e denominações, pois que representa um poderoso determinante da alma humana: o arquétipo da União (Conjunctio) especificamente a União de Opostos (Conjunctio Oppositorum, como diziam os alquimistas, em latim), a mais radical das uniões.
Digo a mais radical porque os opostos não se justapõem ou se mesclam simplesmente, como bananas num cacho ou tintas numa palheta de pintor, nem se deixam reduzir um ao outro por submissão violenta ou a golpes de raciocínios bem intencionados. Os opostos são o que são: opostos. Mas quando somos pegos pelo calor do embate que eles travam em nossa alma, imediatamente o arquétipo de União é ativado (tenhamos ou não consciência dele) lançando-nos à estranha aventura de reconciliar o irreconciliável. Tal aventura é inescapável pois que significa, se não a cura, ao menos alívio para um intenso sofrimento. O arquétipo activado traz esperança de calma, ordem no caos, inspira nobres ideais, mostra agora um pouco de felicidade ou a promete para um futuro próximo, alimenta utopias, fascina, alenta, convida a alma a não desesperar-se, encoraja-a a prosseguir entre as dificuldades. No entanto, ele também se manifesta por dúvidas, inseguranças, culpas, remorsos, depressões, ansiedades, estresses, e que tais.
E, também, por uma estranha teimosia que parece realimentar o processo de sofrimento. Mas não. É aquela aventura, também estranha, que exige as teimosias, obsessões, persistências, certezas, paranóias, manias, indiferenças, preconceitos, e outras coisas mais, para que nos mantenhamos no caminho e não percamos o rumo. Assim, talvez, possamos perceber algum sentido em meio a tanto sofrimento e... talvez, vislumbrar o alívio. As margens de um caminho não são opostas por si mesmas, tornam-se opostas em função do ponto de vista do caminhante. O lado direito e o esquerdo são os do caminhante, não os do caminho. Vale dizer, os da alma do caminhante, que facilmente projeta neles suas tensões em conflito. E é bom que o faça, pois a metáfora do caminho traz consigo diagnósticos e esperanças de transformação. Senão, vejamos: o lado direito e o esquerdo fazem às vezes de lados bom e mau, certo e errado, reto e torto, claro e escuro, consciente e inconsciente, esposa e amante, etc. No caminho se vai para frente ou para trás, se progride ou regride, há futuro e passado, se tem rumo ou se está perdido, ele está impedido ou desimpedido, os obstáculos são fáceis de serem transpostos ou muito difíceis, ele é perigoso ou nem tanto, se estamos só ou acompanhados, se nos ajudam ou não, se aguardamos a próxima curva, a próxima vila, ou se voltamos já. E será ainda possível o retorno? E a bifurcação? E a decisão numa encruzilhada? Muitas estórias... Espelhos onde a alma se reflita, se veja, reflita e se retoque.
Os opostos só existem na alma. Quando os lados direito e esquerdo de um caminho voltarem a ser apenas os lados direito e esquerdo de um caminho, então o caminhante estará em paz. E o arquétipo de União terá cumprido o seu desígnio. Caminho do Meio é uma expressão que sugere evitar os caminhos extremos, cuidado, consideração aos dois lados da questão, atenção. Isso lembra os gregos. 
Os gregos antigos ensinavam a temperança, a prudência, o bom senso, a moderação, a modéstia como um estado de espírito calmo e são (Sophrosyne). Esta era uma virtude que se contrapunha à Hybris que significava o contrário: desmedida, excesso, orgulho, insolência, impetuosidade, desenfreio, ultraje, insulto, desespero... violência! Nada em excesso, recomendavam seus mestres, contando maravilhosas estórias de homens e heróis castigados pelos deuses por conta de seus excessos. Observa-se um benefício simples e ancestral da arte de unir opostos (é uma arte!) contemplando, por exemplo, a tensão de um arco retesado prestes a lançar a sua flecha (criada pela aproximação das duas extremidades “opostas” da haste de madeira unidas por um cordel) e a perícia do atirador em acertar o seu alvo (nem para cima demais ou para baixo, nem demais para a direita ou a esquerda). Outro exemplo ainda mais simples e mais ancestral ainda: o homem, a mulher, e seus filhos. Observemos também os cuidados de afinação das cordas de um instrumento musical: não podem ser frouxas ou tensas demais. Esta foi exatamente a imagem que Buda usou ao tentar mostrar aos seus cinco ex-companheiros de rígido ascetismo que o corpo (e a mente) não deve ser agradado ou desagradado em excesso. É preciso encontrar o Caminho do Meio. O caminho do Meio é conhecido na tradição budista como a Quarta Nobre Verdade, vejamos rapidamente as outras três:
A Primeira -- duhkha aryasatya (nobre verdade sobre a dor) -- anuncia que todos os seres vivos sofrem. Sofrem quando nascem, sofrem quando envelhecem, sofrem quando adoecem, sofrem quando morrem. Sofrem quando não se unem àqueles que amam ou se unem àqueles que odeiam, e sofrem quando deles se separam. Sofrem quando não conseguem realizar os seus desejos. Sofremos, metidos todos que estamos numa realidade que se transforma incessantemente. Insatisfação sem fim. A impossibilidade do descanso garantido. Só a insegurança não passa: o meu mundo não permanece, o meu corpo não permanece, eu mesmo não permaneço. A Segunda – duhkha samudaya aryasatya (nobre verdade sobre a origem da dor) -- denuncia o desejo, a sede (trishna) de existir, de viver, sede de prazer, sede de poder, como a causa de todo o sofrimento. Desejamos a permanência do nosso mundo, do nosso corpo e de nós mesmos. Desejamos não só a permanência como ampliá-la, protegê-la. Estamos apegados a umas tantas coisas que temos por essenciais ou agradáveis que lutamos todo o tempo para que elas não se vão. Mas elas se vão. Mais cedo ou mais tarde, e não se deixam conservar. O desejo se reproduz, vai de um a outro, e nos lança numa interminável corrente de dor: desejo de ser isto e de não ser aquilo, desejo de prazer e de não sofrer, de permanecer, não morrer. O desejo é a fonte de toda a ilusão, que por sua vez reforça o desejo, num ciclo vicioso infernal. O desejo alimenta a noção ilusória de um “eu” permanente e substancial que é “quem” sofre. É o suporte da dor, e a ela dá continuidade.
O desejo se acende e arde nas duas paixões que se opõem: o amor e o ódio, e se alucina com a própria ilusão que produz! -- O amor, desejo ardente de união (raga), representado no imaginário budista por um galo, ou uma pomba -- O ódio, desejo ardente de repulsão (dvesha), representado por uma serpente. -- A ilusão, desejo ardente de não saber (avidya), ignorância, indiferença, preguiça, indiferenciação, inconsciência, indiscriminação, loucura, confusão (moha), representada por um porco, é o desejo de dissipação, que de tão dissipado já, pode nem mais aparecer como desejo. Atração, Repulsão e Indiferença – dois caminhos opostos e um pseudo caminho do meio -- são os chamados Três Venenos, Os Três Males.
A sede de existir, de viver, que começa e continua em ilusão, engano e dor, recomeça incessantemente a sua sina através dos sucessivos ciclos de renascimentos.
A Terceira – duhkha nirodha aryasatya (nobre verdade sobre a cessação da dor) -- prenuncia a libertação do sofrimento, o alívio da dor: se não nos apegarmos ao mundo, ao corpo e a nós mesmos, então não sofreremos jamais! Extinguindo o desejo faremos cessar a dor. Extinção do desejo, do apego, da sede de existir, do “eu”, do ciclo de renascimentos, da ilusão, enfim. Quando a chama se extingue, quando se foi o último alento, quando já não houver mais o sopro, ex- (nir) soprado, (vana) -- apagado de um sopro -- expirado (nirvana) estará o prazo da chama, do pavio, da vela. Extinguiu-se o incenso. Não há mais ações (karma) que exijam ter continuidade ou desejo de as ter. 
Elimine-se a causa que desaparecerá o efeito. Lógico e simples, não é mesmo? Lógico e simples demais... Na prática, porém, muito provavelmente porque não somos Budas, seja talvez impossível andarmos assim tão desapegados pela existência a ponto de não sofrermos nem ao menos um tiquinho. Mas também não precisamos e nem devemos nos exigir tanto, pois seria um excesso, e paradoxalmente estaríamos alimentando um desejo, ficaríamos apegados a uma mera idéia, mesmo que ela seja uma idéia tão nobre. A vida concreta e cotidiana é, muitas vezes, mais generosa que a mente abstrata dos filósofos e sacerdotes em sua demanda das coisas absolutas. Se conseguirmos sofrer bem menos e esse sofrimento não nos afastar do caminho, já está muito bem.

Resumindo
Primeira Nobre Verdade – Todos os seres sofrem.
Segunda Nobre Verdade – A causa do sofrimento é o desejo
Terceira Nobre Verdade – A cessação do desejo faz cessar o sofrimento.
Quarta Nobre Verdade – O Caminho do Meio faz cessar o desejo.



Ao contrário da nossa compulsão de viver, de ser, de ter, do nosso medo e pânico a respeito da morte, o budismo propõe a extinção, não a teme, almeja-a. Mas essa extinção não é, simplesmente, a morte do corpo, que é uma das formas materiais (rupa) e que é muito fácil de acontecer, mas também a morte da alma, como podemos entender a palavra sânscrita para nome (naman), o que, para os budistas, é muito mais difícil de acontecer. s significa o conjunto das cinco sensações (vedana), provenientes dos cinco órgãos voltados para fora, ou instrumentos do exterior (bahir-karana) – olho, nariz, ouvido, língua, pele; as representações mentais dessas sensações, ou percepções (samjna); as conscientizações dessas percepções (vijnana); e a assim chamada mente, considerada um sexto órgão de conscientização, voltado para dentro, ou instrumento do interior (antar-karanam), formada pela atenção seletiva ou “intelecto” (manas), a atividade do ego (ahankara), o discernimento (buddhi). Em suma, características que configuram o que conhecemos por psique, alma. 
A extinção do conjunto de nomes-e-formas (namarupa), a unidade psicossomática, alma-e-corpo, se dá ao longo de um caminho que pode durar muitas vidas, tantas quantas forem necessárias até que o não-saber (avidya), a ignorância, a escuridão, o sono, o sonho, a ilusão, cesse e ceda lugar à sabedoria (vidya), deixe surgir a iluminação (boddhi) .
Caminhar pelo Meio é, pois, a arte de ir-se eliminando apegos pela vida a fora, e vida a dentro. É procurar não sofrer e não fazer sofrer. É procurar não estar enlaçado a uma coisa nem a seu oposto. É escorrer, fluir como água entre uma margem e a outra. Mesmo que as águas fluam com excessiva rapidez e esbarranquem as margens que a contêm, observe, sofra, mas tenha calma, não se desespere, espere, não há pressa. Atenção para uma importantíssima diferença: 
Caminho do Meio não é o mesmo que caminho medíocre.
Não é cinzento, sombrio ou morno. Ele cheira e fede. Vão nele as Marias-sem-as-outras.
Não é atalho para hipócritas, nem o refúgio de ambíguos. Estes, e os confusos, perdem-se nele logo à vista da primeira encruzilhada.
Passar entre dois extremos não é o mesmo que evitar os extremos. As águas de um rio não evitam as suas margens, ao contrário, apoiam-se nelas! Um trem não evita os trilhos que lhe dão o rumo. Pelo Caminho do Meio sobe-se às mais altas montanhas e se desce aos vales mais profundos. Por ele se vai ao céu e ao inferno. 
É a coluna central, flexível como a da serpente, que se comunica com todas os aspectos da tragédia humana. É o fio da meada. Nele, há calor e frio. Macho e fêmea. Há fraqueza e força. Espírito e matéria. Tudo e nada. Há vida e há morte. Nele, somos tolos e sábios, inteiramente luz e inteiramente treva. Não há meio-a-meio, é isto tudo e mais tudo aquilo. É inteiro e completo como a natureza é. O Caminho do Meio tem os extremos. O caminho medíocre teme os extremos.
Não há como confundi-los: a virtude da temperança inclui temperos, temperaturas, não é insensível nem insípida, é plena de sabores, comporta mil saberes. Provar, conhecer o sabor, é saber. Saborear é o ofício do sábio. Uma outra distinção merece ser feita:
Caminho do Meio não é o mesmo que meio do caminho.
Ele não nos leva a lugar algum. Na verdade, não é um caminho por onde se passe para chegar a um outro lugar mais distante, é um caminho onde se chega. Estar nele, caminhando, é já ter chegado. Estamos sempre no meio do caminho quando estamos sempre evitando alguma situação e ansiando por alguma outra. Um lugar lá atrás, um outro mais lá na frente. Sempre alguma coisa no passado e sempre alguma outra no futuro. Assim, estamos sempre no meio... Observem, agora, esta passagem subtil: ESTAMOS SEMPRE NO MEIO.
Perceber que sempre estamos no meio do caminho, que sempre estivemos e estaremos sempre, é entrar no Caminho do Meio. Um caminho que, se podemos dizer conduza a algum lugar, conduz a ele próprio. Algo assim como caminhar tranqüilo na intimidade da própria casa.
Um caminho o mais reto possível que nos leve o mais rapidamente possível a algum lugar distante e exótico, para fora ou para dentro de nós, e ainda para mais além dos nossos mesquinhos problemas e insatisfações, não é o Caminho do Meio, embora seja exatamente assim que uma quantidade enorme de budófilos (os apegados ao Buda) o compreenda.
Qualquer caminho leva a todos os outros caminhos, o que vale dizer que levam todos a si mesmos, a diferença está no jeito com que se caminha. 
O viajante estará perdido se tentar encontrar algo diferente de si mesmo, já que na verdade, é só o que ele encontra constantemente.
Um budista senta-se à sombra de uma árvore e descansa. Descansa de si mesmo, em si mesmo. Ao reiniciar sua caminhada caminhará sentado, sabendo que por mais longe ele chegue, por mais que ande, estará sempre ali, chegado. Tornará sempre a si mesmo, àquele mesmo descanso, à sombra mesma daquela árvore.
Ora, um caminho que nos traz de volta sempre ao mesmo ponto, certamente não é um caminho reto, mas de natureza curva, circular.
Caminhar em círculos, eternamente, sem chegar a parte alguma, parece coisa de louco, ou pelo menos de alguém completamente perdido. E é mesmo. Mas é isso o que fazemos normalmente, sem o saber, agarrando-nos a objetivos provisórios aos quais conferimos valor perene: uma profissão, um cargo público, um casamento, um filho, uma conta no banco, uma religião, um amor, um ideal político... Nos enganamos assim, e sofremos muito quando o que parecia eterno se esvai impiedosamente diante dos nossos olhos incrédulos. 
Quando sabemos disso, quando sentimos seu gosto, seu estranho sabor, então já não é mais possível crer em metas ilusórias tendo-as por verdadeiras. Imediatamente já não estamos mais na periferia de nós mesmos, mas chegados a uma espécie de Centro surgido inesperadamente do nada (ou do tudo) que nós somos.
Caminho do Meio é o caminho do Centro. 
Nele encontram-se todos os extremos. Nele todos os extremos se apoiam. Dele jorram todas as diferenças. Aqui já não há (ou ainda não há) a terrível luta entre os opostos. Estes, no Centro, de alguma forma, se ajeitam por si mesmos.
Um bicho acuado entre dois monstrengos pode, no máximo, escapar com alguma habilidade, fazer algum tipo de malabarismo, algum equilibrismo, ser hábil, esperto -- o que é bom -- mas não propriamente um sábio, um Desperto (Buddha). Não escapará de si mesmo, e tornará a encontrar os monstrengos, até cansar ( e descansar) no Centro...

O Caminho do Meio é representado no budismo por uma roda de carroça com oito raios e um centro vazio. Os oito raios, que se “opõem” entre si, representam os oito caminhos principais (é infinito o número de oposições possíveis) que ligam a periferia da roda ao seu centro. Por isso o Caminho do Meio é também chamado de O Nobre Caminho Óctuplo (aryastangamarga).
Imaginemos que estamos todos amarrados a uma enorme roda de carroça em movimento; que tentamos faze-la parar quando chegamos no alto, aliviados da dor, e sentindo prazer mesmo que saibamos que outros de nós, lá embaixo, no extremo oposto, estraçalham-se em sofrimentos e desejam com ardor que a roda se mova.
Imaginemos que essa roda não pára nunca e, em breve, voltará a nossa vez de suportarmos o alívio dos outros, e o peso dessa lei inexorável.
Se não tentamos nos enganar, e aos outros, veremos cruamente que é mesmo aí onde estamos metidos e daí não se sai fácil, não se sai falso. 
Ser verdadeiro é muito difícil pois embora sendo esta uma grande virtude, o que ela expõe aos olhos da consciência costuma ser muito assustador, mormente aquela dança macabra que é o drama oculto no majestoso girar da Roda da Existência, Roda da Vida, ou Roda do Vir-a-Ser (Bhavachakra).

Encontrar um jeito de ser o que se é mesmo. Eis nossa tarefa! Ser autêntico da melhor forma possível. Estar no centro das próprias contradições, revelá-las, deixar que elas tramem alguma arte.
O que há de comum em cada um dos oito caminhos é exatamente a autenticidade. Na verdade, os oito caminhos são um só: ser próprio, não imitar, ser igual a si mesmo, autêntico. Não se trata de obedecer a um código de regras prefixadas em busca do comportamento perfeito.

A palavra sânscrita samiak e a sua equivalente páli samma significa algo como “completo em si mesmo” e pode ser traduzida nas línguas ocidentais por right, richt, proper, perfect, certo, direto, direito, reto, correto, pleno, perfeito, próprio, completo, inteiro, integral, puro, verdadeiro, autêntico, etc. Com exceção dos adjetivos reto, certo, direto, direito (right, richt) – que sintomaticamente revelam a compulsiva impaciência ocidental para tratar das questões da alma – os demais têm uma conotação mais próxima do sentido original, mais rotunda, mais cheia, plena de suas partes.
Eu prefiro autêntico, porque esta palavra, embora seja também muito mal usada e compreendida, pois parece justificar quaisquer ações, palavras ou pensamentos, é a que reclama mais atenção para o que se faça, fale ou pense. Portanto, exige mais responsabilidade. O que fazemos espontaneamente pode ser bom ou muito ruim para nós mesmos e para os outros. Depende do que se tem na alma. 
A atenção dilui os impulsos nefastos e... concentra-se (junta suas partes no centro).
Se somos autênticos, por qualquer dos caminhos chega-se ao centro, e de lá a todos os outros, rapidamente. Abaixo seguem os oito caminhos, em sânscrito, com a tradução que me parece a mais adequada e algumas outras possibilidades; entre aspas o sentido aproximado de algumas palavras sânscritas; e em itálico a tradução para o inglês.

1º- Compreensão autêntica (samyag drishti) – concepção, visão, view
2º- Decisão autêntica (samyak samkalpa) – determinação, resolução, resolve
3º- Fala autêntica (samyag vak) – “palavra”, discurso, linguagem, speech.
4º- Conduta autêntica (samyak karmanta) – “ações”, action.
5º- Sustento autêntico (samyak ajiva) – “enquanto se vive”, meio/modo de vida, trabalho, livelihood.
6º- Empenho autêntico (samyag vyayama) – aplicação, esforço, effort.
7º- Atenção autêntica (samyak smirti) – mindfulness.
8º- Contemplação autêntica (samyak samadhi) – “absorção”, fixação, meditação, concentration.

Compreender, decidir, falar, agir, sustentar-se, empenhar-se, prestar atenção (ouvir), contemplar. Autenticamente. Isto é, sem fingir.
Até mesmo o fingir pode ser autêntico, e quando o é, podemos nos perceber artistas. 
Tais caminhos por serem autênticos, verdadeiramente não se opõem. Mas não só esses oito, mostrados desde o início pela tradição budista. Se autêntico, podemos acrescentar: caminhar, tomar chá, lutar, comer, plantar, cozinhar, enfeitar, vestir-se, fazer amor, conversar, cantar, dançar, pintar, sofrer, morrer... e tudo o mais.
Nada podemos fazer para sermos autênticos. Imagine uma girafa esforçando-se para ser girafa. Não há normas para o Caminho do Meio, nem mesmo esta. Com as normas podemos apenas criar um personagem qualquer, que possa até ser muito útil e interessante a nós mesmos ou aos outros, mas não seremos necessariamente autênticos. Podemos tentar apenas não ser falsos.
Mergulhar em nossa mediocridade, profundamente, e chafurdamos nela até o limite do nojo. Podemos também, depois disso, sentarmo-nos sobre a pedra que há no meio do caminho e ali, então, descansar, talvez verdadeiramente.
O Caminho do Meio é um tesouro invisível. Surge à imaginação enquanto ainda não o encontramos, ou quando já o perdemos.
O medíocre meio do caminho tem a peculiaridade de ser bem visível, principalmente nos outros e aos outros. Não sabemos tanto o que é a verdade quanto sabemos ser a mentira. Nos enganamos mais facilmente quando lidamos com a verdade, mesmo quando tentamos ser honestos. Nossas certezas costumam mostrar-se precárias com o passar do tempo. No entanto, sabemos quando mentimos. É, pois, mais fácil (?) falar da mediocridade que da sabedoria, já que é possível vê-la. Por aí devemos começar. O Caminho do Meio virá por si mesmo, e por si mesmo irá embora se não soubermos andar por ele. Por ser assim tão invisível, é também chamado o Não-Caminho.
Estamos acostumados a parar de caminhar apenas quando já chegamos, mas aqui trata-se justamente do oposto: chegamos quando paramos de caminhar!
Quem busca estará sempre no meio do caminho. Quem encontra estará sempre no Caminho do Meio. O próprio Caminho do Meio, portanto, não pode ser buscado jamais, apenas encontrado. Tudo o que se encontra nos remete a ele, mesmo as coisas mais desprezíveis. O caminho que nos leva não entre os opostos, mas através deles; o caminho que nos leva não para longe dos extremos, mas para dentro deles, este é o Caminho do Meio.

Dalai Lama diz sobre isto:
Levando essa discussão adiante, Maitreya, em seu Sublime Contínuo (sânsc. Uttaratantra) dá três razões sobre a base em que se pode concluir que o estado búddhico impregna as mentes de todos os seres sencientes. Primeiro, ele diz que as atividades do Buddha irradiam-se no coração de todos os seres sencientes. Isso pode ser compreendido de maneiras diferentes. Primeiro, é a de que em cada ser senciente há uma semente de virtude e que se pode considerar a semente de virtude como um ato do Buddha completamente iluminado. E compadecido. Mas pode-se perceber também, em termos mais profundos, que todos os seres sencientes possuem o potencial para a perfeição. Portanto, há uma espécie de ser aperfeiçoado inerente em todos os seres sencientes, irradiando-se. Segundo, no que se relaciona com a suprema natureza da realidade, há uma total igualdade entre o estado samsárico e o nirvana. Terceiro, todos possuímos uma mente que carece de realidade intrínseca e existência independente, o que nos permite remover os aspectos negativos e os estados ilusórios que a obscurecem. Por esses motivos, Maitreya conclui que todos os seres sencientes possuem a essência do estado búddhico. Contudo, para ativar essa semente inerente em nosso coração ou mente devemos desenvolver a compaixão. Através do cultivo da compaixão universal a pessoa será capaz de ativar essa semente, o que a torna mais inclinada para o caminho Madhyama. Para isso, a prática da paciência e da tolerância é crucial.
(S.S. o Dalai Lama. A arte de lidar com a raiva: o poder da paciência.
A verdade está no caminho do meio, disse Sócrates. Por isso o equilíbrio tem o poder de “Ensinar” a felicidade.
Retirei partes do texto das fontes citadas e em muitas encontraremos a nossa “lingua lusa” açucarada” :) (Brasileiro)
Fontes: O Caminho do meio-Rogério Malaquias, 1992./A arte de lidar com a raiva: o poder da paciência.Dalai Lama

Conversas Contigo IX- A Mente-Relação Tempo-Espaço


O tempo e o espaço estão indissoluvelmente ligados; há uma associação inata. Os atrasos no tempo são inevitáveis, em presença de certas condições do espaço. Se os atrasos prolongados, no tempo levado para efectuar as mudanças evolucionárias, de desenvolvimento da vida, vos deixam perplexos, eu diria que não podemos cronometrar os processos da vida, de modo a fazê-los desdobrarem-se mais rapidamente do que permite a metamorfose física de um planeta. Devemos esperar pelo desenvolvimento físico natural de um planeta; não temos absolutamente nenhum controle sobre a evolução geológica. Se as condições físicas permitissem, arranjaríamos para que acontecesse a completa evolução da vida em muito
menos tempo do que um milhão de anos. Mas estamos todos sob a jurisdição dos Governantes Supremos do Paraíso, (A Trindade) e o tempo não existe no Paraíso. O critério individual de medir o tempo é a duração de cada vida. Todas as criaturas são condicionadas, assim, pelo tempo e, portanto, elas consideram a evolução como sendo um processo excessivamente longo. Para aqueles de nós cujo ciclo de vida não é limitado por uma existência temporal, a evolução não parece ser uma transação tão prolongada. No Paraíso, onde o tempo não existe, essas coisas estão todas presentes na mente da Infinitude e nos actos da
Eternidade. Do mesmo modo que a evolução da mente depende do lento desenvolvimento das condições físicas, ou é retardado por ele, também o progresso espiritual depende da expansão mental, e o retardo intelectual atrasa-o infalivelmente. Contudo, isso não quer dizer que a evolução espiritual
seja dependente da educação, cultura ou sabedoria. A alma pode evoluir independentemente da cultura mental, mas não na ausência da capacidade mental e do desejo a escolha da sobrevivência e a decisão de alcançar uma perfeição sempre crescente de fazer a vontade do Pai no céu. Embora a sobrevivência possa não depender da posse de conhecimento e sabedoria, a progressão muito certamente depende.
No Universo evolucionário cósmico, a mente é sempre dominante sobre a matéria, e o espírito está sempre correlacionado à mente. Se essas dotações diversas não se sincronizarem e se coordenarem, isso pode causar atrasos no tempo, mas se o indivíduo realmente é sabedor de Deus e deseja encontrá-Lo e tornar-se como Ele, então, a sobrevivência está assegurada, a despeito dos
obstáculos do tempo. O status físico pode prejudicar a mente, e a perversidade mental pode retardar a realização espiritual, mas nenhum desses obstáculos pode derrotar uma escolha feita pela alma com toda a sua vontade.
Quando as condições físicas estão amadurecidas, as evoluções mentais súbitas podem acontecer; quando o status da mente é propício, transformações espirituais súbitas podem ocorrer; quando os valores espirituais recebem o reconhecimento adequado, então os significados cósmicos tornam-se
discerníveis; e a personalidade é cada vez mais liberta dos obstáculos do tempo e redimida das limitações do espaço.

(É impossível determinar com precisão, simultaneamente, a localização exata e a velocidade de um objecto em movimento; qualquer tentativa de medir uma dessas grandezas acarreta uma alteração inevitável na outra. O homem mortal depara com o mesmo tipo de paradoxo quando efectua a análise química do protoplasma. O químico pode elucidar a composição química do protoplasma morto, mas ele não pode discernir a organização física nem o funcionamento
dinâmico do protoplasma enquanto vivo. O cientista chegará mais e mais próximo dos segredos da vida, mas nunca os localizará e por nenhuma outra razão senão a de que tem de matar o protoplasma para analisá-lo. O protoplasma morto pesa tanto quanto o protoplasma vivo, mas já não é o mesmo. Há um dom original de adaptação nas coisas e seres vivos. Em toda planta ou célula animal, em todo organismo vivo material ou espiritual , há um desejo insaciável de alcançar uma perfeição sempre crescente de ajuste ao ambiente, de adaptação do organismo e de aumentar a realização da vida. Esses esforços intermináveis de todas as coisas vivas evidencia a existência, dentro delas, de uma busca inata de perfeição. O mais importante passo na evolução das plantas foi o desenvolvimento da capacidade de produzir a clorofila, e o segundo maior avanço foi o esporo haver evoluído até uma semente complexa. O esporo é mais eficiente como um agente reprodutor, mas faltam-lhe os potenciais da variedade e da versatilidade inerentes à semente.
Um dos mais úteis e complexos episódios na evolução dos mais elevados tipos de animais consistiu no desenvolvimento da capacidade do ferro, nas células do sangue circulante, de actuar com a dupla função de transportar o oxigênio e de remover o dióxido de carbono. E essa actuação das células vermelhas do sangue ilustra como os organismos em evolução são capazes de adaptar as suas funções ao ambiente variável e alterável. Os animais superiores, incluindo o homem,
oxigenam os seus tecidos por meio da acção do ferro das células vermelhas do sangue, que levam o oxigênio até às células vivas e, de um modo também eficiente, retiram o dióxido de carbono. Outros metais, no entanto, podem servir ao mesmo propósito. A lula-choco emprega o cobre nessa função, e a seringa-do-mar utiliza o vanádio. A continuação desses ajustes biológicos é ilustrada pela evolução dos dentes nos mamíferos superiores na Terra; os ancestrais distantes do homem tinham trinta e seis, então começou um reajustamento de adaptação, tendo o homem primitivo, e os seus parentes próximos, passado a ter
trinta e dois dentes. Agora, a espécie humana tende vagarosamente para vinte e oito dentes. Activa e adaptativamente, o processo de evolução ainda está em progresso neste planeta. Todavia, muitos ajustes aparentemente misteriosos dos organismos vivos são puramente químicos, integralmente físicos. A qualquer momento, na corrente sangüínea de qualquer ser humano, há a possibilidade de acontecerem até 15 milhões de reações químicas entre os hormônios de uma dúzia de glândulas endócrinas. As formas inferiores de vida vegetal são totalmente sensíveis ao meio ambiente físico, químico e eléctrico. Entretanto, à medida que se ascende na escala da vida, as ministrações da mente dos sete
espíritos ajudantes ( da Presença) tornam-se, uma a uma, mais actuantes, e a mente propõe-se cada vez mais a ajustar, criar, coordenar e dominar. A capacidade dos animais de adaptar-se ao ar, à água e à terra não é um dom sobrenatural, mas é um ajustamento suprafísico. A física e a química sozinhas não conseguem explicar como um ser humano evoluiu do protoplasma primevo dos mares primitivos. A capacidade de aprender, a memória e a resposta
diferenciada ao ambiente, são dons da mente. As leis da física não reagem ao aperfeiçoamento; elas são invariáveis e imutáveis. As reações da química não são modificáveis pela educação; são uniformes, confiáveis. À parte a presença do Absoluto Inqualificável, as reações eléctricas e químicas são previsíveis. Mas a mente pode tirar proveito da experiência, pode aprender de hábitos de reacções comportamentais que respondem à repetição de estímulos.
Os organismos pré-inteligentes reagem aos estímulos do ambiente, mas esses organismos que são reactivos à ministração da mente podem ajustar e manipular o próprio ambiente. O cérebro físico, com o seu sistema nervoso associado, possui a capacidade inata de responder à ministração da mente, do mesmo modo que a mente em desenvolvimento de uma personalidade possui uma certa capacidade inata de receptividade do espírito e, portanto, traz em si os potenciais do progresso e da realização espiritual. A evolução intelectual, social, moral e espiritual depende da ministração da mente, feita pelos sete espíritos ajudantes (da Presença) e pelos seus colaboradores suprafísicos. A abertura e consciência dessa presença evolutiva é sem dúvida a peregrinação a ser feita pelos mortais do espaço e do tempo.)

 פֵהֵל PeHeLa guardião da religião, moral, e teologia Divina te Saúdo na Paz e na Luz Daquele que tudo realiza e te digo... A Paz do Eterno vos envolva 

(como pedido assim é feito)
Bem hajam na luz e com a Luz
P.S. todos os post's que têm por titulo "Conversas Contigo" ou "Conversas no Silêncio" são por mim formatados e inseridos. Esta é a parte que me cabe em reconhecimento de Autoria.

Conversas Contigo VI - Os seres Humanos


(Muito boa gente devia ler este documento, para não fazer de si um julgamento maior ou pior ao justo)
Os mortais representam o último elo na corrente dos seres que são chamados de filhos de Deus. O toque pessoal do Filho Original e Eterno passa por uma série de personalizações decrescentemente divinas e crescentemente humanas, até chegar a um ser exactamente como vós, o qual podeis ver, ouvir e tocar. E, então, vós vos tornais espiritualmente sabedores da grande verdade que a vossa fé pode captar a da vossa filiação ao Deus eterno!
Do mesmo modo, o Espírito Original e Infinito, por uma longa série de ordens decrescentemente divinas e crescentemente humanas, aproxima-se cada vez mais das criaturas que lutam nos reinos, alcançando o limite de expressão nos anjos um pouco abaixo dos quais fostes vós criados que pessoalmente vos guardam e guiam na jornada da vida da carreira mortal do tempo.
Deus, o Pai, não desce, nem pode, Ele próprio, descer assim, a ponto de fazer um contacto tão pessoal com o número quase ilimitado de criaturas ascendentes em todo o Universo. Mas o Pai não está privado do contacto pessoal com as suas criaturas humildes; vós não estais sem a divina presença. Ainda que Deus, o Pai, não possa estar convosco por meio de uma manifestação directa de personalidade, Ele está em vós e é parte de vós na identidade da sua Centelha Divina ou Fragmento Divino residentes (em vós). Assim, pois, o Pai, que é o mais afastado de vós em personalidade e em espírito, aproxima-Se o mais perto de vós, no circuito da personalidade e no toque do espírito de comunhão interior com as próprias almas dos Seus filhos e filhas mortais.
A identificação com o espírito constitui o segredo da sobrevivência pessoal e determina o destino da ascensão espiritual. E, posto que os Ajustadores do Pensamento (fragmentos ou centelhas divinas) são os únicos espíritos com
potencial de fusão a serem identificados com o homem durante a vida na carne, os mortais do tempo e do espaço são primeiramente classificados conforme a sua relação com essas dádivas divinas, e unificação com esses Fragmentos Divinos residentes.
Quanto às possibilidades de sobrevivência mortal, que fique esclarecido para sempre: Todas as almas, de todas as fases possíveis da existência mortal, sobreviverão, desde que manifestem a vontade de cooperar com os seus “Ajustadores residentes” e desde que demonstrem um desejo de encontrar Deus e de alcançar a perfeição divina, ainda que esses desejos não sejam senão as
primeiras e pálidas centelhas da compreensão primitiva da verdadeira luz que ilumina tudo. As raças mortais permanecem como as representantes da ordem mais baixa da criação inteligente e pessoal. Vós, mortais, sois divinamente amados e todos vós podeis escolher aceitar o destino certo de uma experiência gloriosa; mas vós não sois ainda, por natureza, da ordem divina; vós
sois totalmente mortais. Vós sereis considerados como filhos ascendentes no instante em que a fusão acontecer; mas o status dos mortais do tempo e do espaço é aquele de filhos pela fé.
É um facto solene e superno que as criaturas inferiores e materiais, como os seres humanos, sejam os filhos de Deus, filhos pela fé, do Altíssimo.Observai o tipo de amor que o Pai nos dá, para que sejamos chamados de filhos de Deus.” “A quantos O receberam, a todos, Ele deu o poder de reconhecer que são os filhos de Deus.Enquanto vós não sabeis ainda o que vós sereis, ainda agora, vós sois os filhos de Deus pela fé, pois não recebestes o espírito do
cativeiro para de novo temerdes, mas recebestes o espírito da filiação (ao Espiríto), que vos leva a gritar: ‘ (Abba)Nosso Pai’”. Disse o profeta de outrora, falando em nome do Deus eterno: Até mesmo a eles, Eu darei um lugar na minha casa, e um nome melhor que o de filhos; Eu darei a eles um nome eterno, que não perecerá. E por que vós sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o espírito do Seu Filho.
1. Vós sois filhos da promessa espiritual, filhos da fé; aceitastes o status de filiação. Vós acreditais na realidade da vossa filiação e, assim, a vossa filiação a Deus torna-se eternamente real.
2. O Filho Criador de Deus tornou-se um de vós; ele é, de facto, o vosso irmão mais velho; e se vos tornardes, em espírito, verdadeiramente irmãos aparentados do Cristo, o vitorioso, então, em espírito, também sereis filhos daquele Pai que vós tendes em comum o mesmo Pai Universal.
3. Vós sois filhos porque foi vertido sobre vós o espírito de um Filho, concedido livre e a toda a Humanidade. Esse espírito vos atrai sempre para o Filho divino, que é a sua fonte, e para o Pai do Paraíso, que é fonte desse Filho divino.
4. Com o Seu livre-arbítrio divino, o Pai Universal deu-vos as vossas personalidades de criaturas. Vós fostes dotados com uma medida daquela espontaneidade divina de acção, de livre-arbítrio, que Deus compartilha com todos os que podem tornar-se os Seus filhos.
5. Um fragmento do Pai Universal reside dentro de vós, e vós estais, por isso, diretamente relacionados ao Pai divino de todos os Filhos de Deus.
Esses são os mortais aos quais foi comandado pelo Pai Universal: Sede perfeitos, exactamente como Eu sou perfeito. O Pai outorgou-Se a Si próprio em vós; colocou o Seu próprio espírito dentro de vós; e, portanto, Ele demanda a perfeição última de vós. A narrativa da ascensão humana, das esferas mortais do tempo e do espaço, até os Reinos divinos da eternidade, constitui
um relato intrigante, não incluído no meu compromisso; mas essa aventura superna deveria ser o estudo supremo do homem mortal.
A fusão com um fragmento do Pai Universal equivale à garantia divina do alcançar final do Paraíso. Para o mortal fusionado ao Ajustador (centelha Divina), a carreira do serviço universal está amplamente aberta. Que dignidade de destino e que glória de realização aguardam a cada um de vós! Vós sabeis dar o devido valor ao que foi feito por vós? Compreendeis a grandeza das alturas da realização eterna que se abre diante de vós de vós próprios, que agora caminhais penosamente neste trajecto humilde de vida, atravessando o que vós chamais um vale de lágrimas?


פֵהֵל PeHeLa guardião da religião, moral, e teologia Divina te Saúdo na Paz e na Luz Daquele que tudo realiza e te digo... A Paz do Eterno vos envolva   
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O Nome misterioso do Tarot ou Tarô - pequena abordagem


O Tarot é um poderoso instrumento que quando nas mãos certas surpreende até quem “lida” com ele desde sempre. Tanto nas chamadas artes divinatórias até ao seu uso pessoal voltado para o auto-conhecimento, feito com seriedade e honestidade de propósitos, concede à mente humana a reaproximação e conhecimento das energias que emanam do Absoluto.
O nome Tarot, (também conhecido como tarot, tarocchi, tarock e outros nomes idênticos como o Tarocchini italiano e o Tarô francês.) pode ser analisado de várias formas :
Ao ser considerada a origem egípcia temos:
TAR = caminho, Rho = rei ou real
Portanto: TAROT = “ O Caminho Real” ou “Caminho da Vida”
E , por fim:
TAROT escrito de trás para frente é igual a TORAT, que em hebraico é o nome dos 5 livros sagrados ou Pentateuco.
TARÔ, trocando as consoantes transforma-se em ROTA
E se escrevermos TAROT dentro de um circulo este nome continua-se a si próprio fazendo alusão à interminável tarefa dos 22 caminhos que deverão ser completados e reiniciados sempre na perspectiva do Arcano XIII - Fim de um ciclo reinicio de outro…
Mas isso é “tinta para outra carta”…
Voltando ao nome…

Desta forma, o Tarot pode ser entendido como a rota de uma longa jornada em que o ser humano se depara com uma série de situações representadas por cada um dos vinte e dois Arcanos Maiores, que juntos, somam todas as experiências possíveis à existência humana - o Caminho Real. Assim é olhando os Arcanos maiores como portais, repletos de simbologia, pertença do inconsciente pessoal e colectivo que se abrem e nos permitem uma “visualização e consciencialização” desse “ADN” espiritual colectivo.
Sendo este um assunto deveras apaixonante e o que eu pretendia era somente uma abordagem ao nome TAROT encaminho quem queira aprofundar os 22 caminhos do Tarot para um texto neste Blog com o mesmo nome: Os 22 caminhos do Tarot…
Esse mesmo texto deverá ser lido, não numa perspectiva “confusa” e inatingível mas à partida percebendo a essência espiritual, com que estamos menos habituados a conviver e não por isso menos acessível.
E quanto a isto cito o Autor do texto os 22 caminhos… Ricardo Zen que diz o seguinte:

O Tarot é, acima de tudo, uma forma de nos conhecermos a nós próprios. Dentro de nós existe um outro eu. O verdadeiro, livre de amarras e espartilhos sociais. O nosso eu tal como era quando nascemos. Puro, simples, sem preconceito, sem tabu. Conhece-lo é um trabalho difícil e que demora.”

Bem Hajam

Que a Luz que nos une prevaleça sobre as trevas que nos separam
César

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Conversas Contigo XVII - O Espírito Santo


Jesus viveu na Terra e ensinou um evangelho que redimiu a humanidade da superstição de que o homem era um filho do mal; e elevou-o à dignidade de filho de Deus pela fé. A mensagem de Jesus, tal como ele a pregou e a viveu nos seus dias, foi uma solução eficaz para as dificuldades do homem, na época em que foi proposta. E ao, deixar pessoalmente o mundo, envia no seu lugar o Espírito da Verdade, que está destinado a viver no homem e, a cada nova geração, restabelecer a mensagem de Jesus, de um modo tal que cada grupo novo de mortais, a surgir na face da Terra, tenha uma versão nova e actualizada da palavra de Deus, como um esclarecimento pessoal e uma orientação grupal, que se constituirá numa solução efectiva para as dificuldades espirituais variadas e sempre novas. A primeira missão desse espírito é, está claro, fomentar e personalizar a verdade, pois é a compreensão da verdade que constitui a mais elevada forma de liberdade humana. Em seguida, o propósito desse espírito é destruir o sentimento de orfandade do crente. (Tendo Jesus estado entre os homens, todos os crentes iriam experienciar uma sensação de solidão, não tivesse o Espírito da Verdade vindo para residir nos corações.) Esse outorgamento, do espírito do Filho preparou efectivamente todas as mentes dos homens comuns para a dádiva posterior do espírito do Pai (o Ajustador, O fragmento Divino, a centelha da Divindade presente em todos os homens) a toda a humanidade. Num certo sentido, esse Espírito da Verdade é o espírito, tanto do Pai Universal como do Filho Criador. Não cometais o erro de esperar ter uma consciência intelectualmente forte e nítida do Espírito da Verdade efundido. O espírito nunca cria uma consciência de si mesmo, mas cria uma consciência do Filho. Desde o princípio, Jesus ensinou que o espírito não falaria de si mesmo. A prova, entretanto, do vosso envolvimento com o Espírito da Verdade, não há de ser encontrada na vossa consciência desse espírito, mas, muito mais intensamente, na vossa experiência de uma irmandade mais elevada com Jesus. O espírito veio também para ajudar os homens a relembrarem-se das palavras do Mestre e compreenderem-nas, bem como para iluminá-los, na re-interpretação da vida dele na Terra. Em seguida o Espírito da Verdade veio para ajudar aos que acreditam, a testemunhar sobre as realidades dos ensinamentos de Jesus e da sua vida, como ele a viveu na carne e como ele novamente a vive, de modo renovado e pujante, no indivíduo que crê, em cada nova geração de filhos de Deus plenificados pelo espírito. Assim, torna-se, pois, evidente que o Espírito da Verdade vem, realmente, para conduzir todos os que crêem, a toda a verdade, ao conhecimento expansivo da experiência da consciência espiritual viva e crescente, na realidade da filiação ascendente e eterna a Deus. Jesus viveu uma vida que é uma revelação do homem submetido à vontade do Pai, e não um exemplo que todo homem deva literalmente tentar seguir. Essa vida na carne, junto com a sua morte na cruz e a ressurreição subsequente, tornou-se actualmente um novo evangelho para o resgate, que é assim pago com o fim de retomar o homem, de volta, “das garras do mal – da condenação de um Deus ofendido” (???). Entretanto, mesmo tendo a palavra de Deus sido grandemente distorcida, permanece o facto de que essa nova mensagem sobre Jesus traz em si muitas verdades e os ensinamentos fundamentais das suas primeiras palavras ao Reino. E, mais cedo ou mais tarde, essas verdades ocultas, da paternidade de Deus e da irmandade dos homens, emergirão para transformar efectivamente a civilização de toda a humanidade. Mas esses erros do intelecto não interferem, de modo nenhum, no grande progresso de crescimento, em espírito, dos que crêem. A religião de Jesus desenvolve o tipo mais elevado de civilização humana, pois cria o tipo mais elevado de personalidade espiritual e proclama a condição sagrada da pessoa. A vinda do Espírito da Verdade, no Pentecostes, tornou possível uma religião que não é nem radical nem conservadora; não é nem a velha nem a nova, que não irá ser dominada nem pelos velhos nem pelos jovens. O facto da vida terrena de Jesus proporciona um ponto fixo para a ancoragem do tempo, enquanto o outorgamento do Espírito da Verdade proporciona a expansão eterna e o crescimento interminável da religião que ele viveu e da palavra de Deus por ele proclamada. O espírito guia para dentro de toda a verdade; ele é o mestre de uma religião que expande e cresce sempre, de progresso sem fim e de revelação do divino. Esse “novo” mestre desvelará, para sempre, ao crente em busca a verdade, tudo aquilo que esteve tão divinamente velado e contido na pessoa e na natureza do Filho do Homem. As manifestações ligadas ao outorgamento do “novo mestre” (Espiríto Santo), e o modo como os homens de várias raças e nações, reunidas em Jerusalém, receberam a pregação dos apóstolos, indicam a universalidade da religião de Jesus. O evangelho do Reino de Deus não se devia identificar com nenhuma raça, cultura ou língua em particular. Esse Dia de Pentecostes testemunhou um grande esforço do espírito, no sentido de libertar a religião de Jesus dos seus elos herdados dos judeus. Mesmo após essa demonstração da efusão do espírito sobre toda a carne, os apóstolos, no princípio, ainda tentaram impor os quesitos do judaísmo aos convertidos. E até mesmo Paulo teve problemas com os seus irmãos de Jerusalém, porque se recusou a submeter os gentios às práticas judaicas. Nenhuma religião revelada pode difundir-se pelo mundo inteiro se comete o grave erro de se deixar permear por uma cultura nacional ou de se ligar a práticas raciais, sociais ou econômicas. O outorgamento do Espírito da Verdade foi independente de todas as formas, cerimônias, lugares sagrados e comportamentos especiais da parte daqueles que receberam, em plenitude, a sua manifestação. Quando o espírito veio sobre as pessoas reunidas no salão superior, elas estavam lá simplesmente sentadas, tendo acabado de orar em silêncio. O espírito foi concedido tanto no campo como na cidade. Não foi necessário que os apóstolos se dirigissem a um local isolado, durante anos de meditação solitária, para que recebessem o espírito. Para todo o sempre,
Pentecostes desligou a experiência espiritual, da noção de que houvesse locais especialmente favorecidos. Pentecostes com o seu dom espiritual estava destinada a desligar a religião do Mestre de qualquer dependência de força física; os mestres dessa nova religião estão agora equipados com armas espirituais. Devem sair para conquistar o mundo com o perdão infalível, com uma boa vontade incomparável e amor abundante. Eles estão equipados para sobrepor o bem ao mal, para vencer o ódio pelo amor, para destruir o temor com uma fé corajosa na verdade. Jesus já havia ensinado aos seus seguidores que a sua religião nunca era passiva; e que os seus discípulos deviam ser sempre activos e positivos nas suas ministrações de misericórdia e nas suas manifestações de amor. Esses crentes já não consideravam Yavé como o “Senhor das Hostes”. Eles agora consideravam a Deidade eterna como o “Deus, e Pai do Senhor Jesus Cristo”. Pelo menos esse progresso eles fizeram-no, ainda que não tenham apreendido, inteiramente, a verdade de que Deus é também o Pai de todos os indivíduos. Pentecostes dotou o homem mortal com o poder de perdoar as agressões pessoais, de manter-se doce no meio da injustiça mais grave, de permanecer firme em face do perigo mais tremendo, e de desafiar os males do ódio e da ira, por meio de actos audazes de amor e de paciência. A Terra passou, na sua história, pela destruição de guerras grandes e arrasadoras. Todos os participantes dessas lutas terríveis encontraram a derrota. Houve apenas um vitorioso; houve apenas um, que saiu dessas lutas amargas com a sua reputação mais elevada – e esse foi Jesus de Nazaré e a sua palavra divina, de sobrepujar o mal com o bem. O segredo de uma civilização melhor está contido nos ensinamentos do Mestre, sobre a irmandade dos homens, a boa vontade do amor e da confiança mútua. Até Pentecostes, a religião tinha revelado apenas o homem à procura de Deus; desde Pentecostes, permanece o homem na busca de Deus, mas brilha sobre o mundo o espectáculo de Deus, que também busca o homem e que, logo o “achar”, envia o Seu espírito para residir dentro dele. Antes dos ensinamentos de Jesus, que culminaram com o Pentecostes, as mulheres tinham pouca ou nenhuma posição espiritual, segundo os pequenos dogmas das religiões mais antigas. Depois do Pentecostes, na irmandade do Reino, as mulheres colocaram-se perante Deus em igualdade com os homens. Entre os cento e vinte que receberam essa visitação especial do espírito, estavam muitas das mulheres discípulas e elas compartilharam dessas bênçãos igualmente com os crentes homens. Não mais pode o homem presumir monopolizar o ministério dos serviços religiosos. O fariseu poderia continuar a agradecer a Deus por não “ter nascido mulher, nem leproso, nem gentio”, mas entre os seguidores de Jesus, a mulher foi para sempre libertada de todas as discriminações baseadas no sexo. Pentecostes pôs fim a todas as discriminações religiosas fundadas em distinções raciais, diferenças culturais, castas sociais, ou preconceito de sexo.

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Conversas Contigo XIV - A Cruz e o pecado


(A crucificação não era uma forma judaica de punição. Tanto os gregos quanto os romanos aprenderam esse método de execução com os fenícios. Mesmo Herodes, com toda a sua crueldade, não recorreu à crucificação. Os romanos nunca crucificaram um cidadão romano; apenas os escravos e os povos subjugados eram submetidos a esse modo desonroso de morte.
Durante o sitiamento de Jerusalém, exactamente quarenta anos depois da crucificação de Jesus, todo o Gólgota esteve coberto por milhares e milhares de cruzes nas quais, dia a dia, a flor da raça judaica pereceu. De facto foi uma colheita terrível pelo que se semeou nesse dia.)

Não há nenhuma relação directa entre a morte de Jesus e a Páscoa judaica. Verdade é que o Mestre entregou a sua vida na carne nesse dia, o Dia da Preparação para a Páscoa judaica, e por volta da hora do sacrifício dos cordeiros da Páscoa no templo. Mas a coincidência desses acontecimentos de nenhuma maneira indica que a morte do Filho do Homem na Terra tenha qualquer ligação com o sistema de sacrifícios dos judeus. Jesus era um judeu, e como Filho do Homem ele era um mortal dos reinos. Os acontecimentos já narrados, que conduziram a esse momento da crucificação iminente do Mestre, são suficientes para indicar que a sua morte por volta desse momento foi uma questão natural e manipulada pelos homens. Foi o homem, e não Deus, que planejou e executou a morte de Jesus na cruz. A verdade é que o Pai recusou-se a interferir na marcha dos acontecimentos humanos na Terra, mas o Pai não decretou, nem exigiu ou solicitou a morte do seu Filho como foi executada na Terra. É um facto que, de alguma maneira, mais cedo ou mais tarde, Jesus teria tido que se despojar do corpo mortal, da sua encarnação nessa carne, mas ele poderia ter cumprido essa tarefa de inúmeros modos, sem que fosse necessário morrer numa cruz entre dois ladrões. Tudo isso foi um feito do homem, não de Deus. Na época do baptismo do Mestre, ele já havia concluído a técnica da experiência exigida na Terra e na carne, necessária para completar a sua sétima e última auto-outorga no universo. Nessa mesma época o dever de Jesus na Terra estava já cumprido. Daí em diante toda a vida que ele viveu e mesmo o modo da sua morte foram uma ministração puramente pessoal da sua parte para o bem-estar e para a elevação das suas criaturas mortais neste mundo.
O evangelho das boas-novas, de que o homem mortal pode, pela fé, tornar-se consciente espiritualmente de que é um filho de Deus, não depende em nada da morte de Jesus. É bem verdade, de facto, que todo esse evangelho do Reino foi imensamente iluminado pela morte do Mestre, no entanto foi muito mais iluminado pela sua vida. Tudo que o Filho do Homem disse ou fez na Terra embelezou grandemente as doutrinas da filiação a Deus e da fraternidade dos homens, mas essas relações essenciais entre Deus e os homens são inerentes aos factos universais do amor de Deus pelas suas criaturas e à misericórdia
inata do Filho divino. Essas relações tocantes e divinamente belas, entre o homem e o seu Criador. O Pai no céu amava os homens mortais na Terra antes da vida e da morte de Jesus, tanto quanto ele ama depois dessa demonstração transcendental de co-participação entre o homem e Deus. Essa transação poderosa da encarnação de Deus , como um homem, não poderia aumentar os atributos do Pai eterno, infinito e universal, mas enriqueceu e iluminou a todos. Conquanto não há de ser por isso que o Pai do céu em nada mais nos amaria, é, todavia, em vista dessa autodoação de Jesus que todas as outras inteligências celestes nos amam mais. E isso é assim porque Jesus não apenas fez uma revelação de Deus para o homem, mas porque, do mesmo modo, ele fez uma nova revelação do homem a Deus e às inteligências celestes do universo dos universos. Jesus não esteve na iminência de morrer num sacrifício pelo pecado. Ele não iria expiar a culpa moral inata da raça humana. A humanidade não tem uma culpa racial perante Deus. O pecado e a rebelião nada têm a ver com o plano fundamental das auto-outorgas para o Filho do Paraíso de Deus, embora pareça a nós que o plano de salvação seja um aspecto provisional do
plano das auto-outorgas. A salvação dada por Deus aos mortais teria sido tão efectiva e inequivocamente segura se Jesus não tivesse sido levado à morte pelas mãos cruéis de mortais ignorantes. Se o Mestre tivesse sido favoravelmente recebido pelos mortais da Terra e se tivesse partido por meio da renúncia voluntária da sua vida na carne, o facto do amor de Deus e da misericórdia do Filho – o facto da filiação a Deus – não teria, de nenhum modo, sido afectado. Vós mortais sois filhos de Deus, e apenas uma coisa é exigida para que essa verdade seja factual na vossa existência pessoal, e esta é a vossa fé nascida do espírito.

 פֵהֵל PeHeLa guardião da religião, moral, e teologia Divina te Saúdo na Paz e na Luz Daquele que tudo realiza e te digo... A Paz do Eterno vos envolva  

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P.S. todos os post's que têm por titulo "Conversas Contigo" ou "Conversas no Silêncio" são por mim formatados e inseridos. Esta é a parte que me cabe em reconhecimento de Autoria.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Esta é a hora (reedição final)



5ª e ultima reedição deste texto finalizado em 2006...

Até aqui foi dito mas faltava acontecer.
Agora está a acontecer.
E para os que ainda duvidam direi que estejam atentos ás estruturas governativas, sejam elas de que índole forem durante (não, não digo para daqui a 10 ou 20 anos, é agora) estes próximos meses.
Sabem os castelos de cartas...
É agora que as decisões importam. Queres viver numa verdade universal, ou sustentado por indíces e psi's e pib's  e juros e créditos e dividas e falsidade fundamentada numa ignorância predominante e numa ganância dominadora e perversa?
Loucura? agora é o momento para decidir quem é quem neste mundo.
a decisão simplifica-se nestes termos: há quem saiba para onde vai e quem não faça a mínima ideia do caminho a tomar e depois os que nem sequer sabem que há um caminho.

Depois há uma minoria que a todo o custo quer viver para sempre e fazer da terra o seu jardim, influenciando a restante maioria através do poder que exercem.
Esta é a nossa diversidade em termos gerais e simplificados numa linguagem humana...
TU,...onde te inseres? 
Nega esta realidade agora. porque dentro de dias será impossível...
Bem hajam na Luz que Vem e já está ai.


As coisas estão a acontecer à frente dos nossos olhos mas de forma que só mesmo um olhar treinado e atento nestas áreas se dá conta...por enquanto mas dentro em breve começará  a ser visível para todos 
Se escutam as noticias vêem como, derivado a esta crise estão a começar a emergir (devagarinho) novas formas de encarar estas situações. O ser humano que está a emergir é aquele que se está a libertar os seus “dogmas” do passado. Este processo iniciou-se com a aproximação de Plutão do nosso planeta em 1999 e com a entrada de Sagitário em 1995. Isto é só para contextualizar estes acontecimentos. A partir daí iniciaram-se mudanças de ideais filosóficos e religiosos e está dividido em três grandes períodos. Em mais períodos, mas o importante para já, são esses 2 que trago aqui agora:

1995 – 2000: profundas mudanças de ideais filosóficos e religiosos (queda de dogmas)

2001-2006: não é importante para o que quero transmitir aqui

2007 – 2012: profundas mudanças nos ideais pessoais, sociais e nas lideranças. Estas mudanças (que estão a ocorrer) são a preparação para a mudança estrutural nas sociedades que vão culminar em 2013 – 2018 com grandes mudanças na estrutura social e politica dos países que também vai trazer profundas mudanças nas posses (dinheiro) e na utilização da “energia” monetária.

Este momento é a “adolescência” da humanidade que transitou da sua “infância” e que nesta transição aprende, colectivamente, uma das principais lições que um adolescente aprende: equilíbrio entre responsabilidade e liberdade que se vai reflectir no sistema politico das sociedades. ( O que faz normalmente um adolescente? Contestar os pais e as suas ideias, não é? E o que faz a humanidade neste momento? Contestar tudo o que tenha a ver com o seu Pai Celestial ou não é?) Pois até aqui, se reparamos a humanidade andou a brincar com ela própria.

Neste momento vivemos numa “democracia maioritária” ilusória que só favoreceu meia dúzia de “adolescentes” da nossa humanidade.
Iremos passar para um sistema autocrático ou teocrático no sentido de obedecer com liberdade aos ciclos da natureza e a correcta utilização dos potenciais humanos.
Esta nova forma de governar não será um governo de um Ser que representa a Deus, mas de uma humanidade que reflectirá a vontade Divina. (um pouco mais complexo que tão somente falar em "fazer a vontade Divina" mas não é esse assunto que nos trás agora aqui)
Sei que tudo isto parece, para quem nunca ouviu falar de tal coisa, muito “louco” e absurdo (mas é mesmo para parecer assim,mas também isso é outra vertente do mesmo assunto) mas já não falta muito para vermos se assim é ou não.
E se quisermos ser justos basta estarmos de mente aberta para “apreciar” o que se passa à nossa volta e percebermos que as estruturas sociais e outras como as conhecemos chegaram ao seu término. Será a partir desse ultimo período, 2013 – 2018, que a humanidade entrará na idade adulta com tudo o que isso trará de bom.
Bem hajam 


"O desafio desta época é dirigido àqueles homens e àquelas mulheres que, pela sua visão ampla e voltada para o futuro, e, pelo discernimento da sua luz interna, ousarão construir uma nova e atraente filosofia de vida, partindo dos conceitos modernos, subtilmente integrados, da verdade cósmica, da beleza universal e da bondade divina. Uma tal visão, nova e recta, da moralidade, atrairá tudo o que existir de bom na mente do homem e convocará o que houver de melhor na alma humana."


Na LUZ nos movemos

Fontes: A quinta essência da magia cabalística-Haziel, Astrologia e cabala- J.M, Intro. À ciência hierologica-Jesse Rodrigues, A Cabala-Samuel Gabirol, Os mistérios da Cabala-Eliphas Levi